sábado, 19 de outubro de 2013

Paisagem (by Selma Amaral)

Paisagem (by Selma Amaral)

Quando as montanhas aparecem
Sob as nuvens
Te vejo chegar.

Teus olhos, teu olhar
Na neblina vislumbro
E te espero.

Quando o sol desaparece
Por trás das montanhas
Te quero.

Tua voz,
A melodia do vento
Me traz.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Liberdade


Pelo mundo, ainda, muitos lutam pela liberdade sonhada. Nós, embora pensemos que não,  ainda precisamos reconquistar a pátria dominada.

Para Leonardo Boff, "Libertação significa a ação que liberta a liberdade cativa. É só pela libertação que os oprimidos resgatam a autoestima. Refazem a identidade negada. Reconquistam a pátria dominada. E podem construir uma história autônoma, associada à história de outros povos livres." (Leonardo Boff, A águia e a galinha. Vozes, p.23)

O curta metragem abaixo mostra-nos como a liberdade pode significar algo tão singelo, mas tão necessário...

                                                  Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=D12VddcViKc. Acesso em 18/09/2013.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Fichamento temático - Mãos à massa

Fichamento temático (by Selma Amaral)

Prepare-se: Você vai precisar de caneta, lápis, borracha, caderno de anotações; se preferir, um computador e o livro a ser fichado.
Como disse anteriormente, um bom fichamento deve ser precedido de uma boa leitura, que inclui todas as marcações feitas no livro; diretamente nele ou em post its. 

Para o fichamento temático, a leitura deve ter como foco definições de conceitos do próprio autor ou citados por ele. Faça a leitura do texto, marcando (selecionando) todas as definições no próprio livro ou colocando post its nas páginas em que há definições importantes (anote no post it o parágrafo a que se refere (use os post its se for exemplar de outra pessoa ou de biblioteca). Após essa primeira leitura, releia o texto, anotando as definições já selecionadas no caderno de anotações ou no computador. 
Anote, ao final de cada trecho selecionado, todas as informações bibliográficas (nome do autor, nome do livro, edição, cidade, editora, ano e página) caso se trate de citação de terceiros, anote também as referências do autor do fragmento.
Nomeie cada trecho de modo que facilite sua pesquisa posterior. Por exemplo, se o tema for Iluminismo escreva: Iluminismo - definição.  O arquivamento deve seguir ordem alfabética.

Esse fichamento irá ajudá-lo no momento da escrita de monografias ou artigos. Geralmente, comete-se o erro  de partir para escrita antes de ter sido realizado o fichamento. O que ocorre, então, é que a pessoa se  lembra de ter lido em algum lugar e tem que folhear todo o livro a procura de algo que poderia estar sistematizado de maneira bem mais organizada. Além disso, fica fácil observar definições diferentes para o mesmo tema, dadas  por autores diversos. Assim, seu texto fica mais rico, pois você poderá confrontar opiniões diferentes e escolher aquela que mais se enquadra com o que pretende defender.
Alguma dúvida?



quarta-feira, 14 de agosto de 2013

SARAU POÉTICO



Sarau: Evento festivo em que pessoas se encontram para manifestarem a arte por meio de músicas, poemas, desenhos, fotografias, danças.

Sarau: festa

O Sarau poético "Aqui tem poesia", aconteceu no dia 17 de julho de 2013, envolvendo diretamente dez pessoas e indiretamente centenas, publicando textos autorais ou não, imagens, vídeos, músicas; comentando, discutindo.


Enfim, o Sarau Poético:

Hoje no Sarau Poético "Aqui tem poesia", faremos uma grande brincadeira. Em que cada um de nós poderá mostrar o que gosta, o que faz, o que viu e gostou. Poderemos falar a respeito e comparar com o que gostamos e fizemos ou até com o que outros fizeram e gostaram... O importante é brincar. Rubem Alves lembrou-se de Fernando Pessoa para mostrar que se pode brincar com as palavras. Ele disse que brinca com as palavras como brinca o menino Jesus com as cinco pedrinhas. "Eu as jogo para cima e, quando caem, são outra coisa".Vamos jogar nossas pedrinhas e deixar cair palavras, imagens, desenhos, músicas, arte... poesia.


Marcos Delgado inicia sugerindo a declamação de Bethânia do poema de Fernando Pessoa (Alberto Caeiro - Poema do Menino Jesus). 

https://www.youtube.com/watch?v=lG0Rn9SWK74
Tempo dilacera o tempo (by Alessandra Aguiar)

Tempo, tempo, tempo...



Tempos presentes de angústias
Borrifam, pingam e respingam!
Vazam, inundam, transbordam.
Tempo que leva tempo
Encontrando os sentidos 
Foto: TEMPO DILACERA O TEMPO

Tempo, tempo, tempo...

Tempos presentes de angústias
Borrifam, pingam e respingam!
Vazam, inundam, transbordam.
Tempo que leva tempo
Encontrando os sentidos 
Em tempos de outros tempos 
 Escorrem no mundo fragmentado
Imediatismo em tempo de produção
Tempo incerto em ritmos acelerados 
Da padronização ao individualismo
Sempre é tempo de recomeçar
Tempo de refletir e de amar
Encontrando-se no tempo! 
Transformo o presente 
 Recriando o passado! 
Mas, cada um no seu tempo!
Tempo! Preciso de um tempo, 
Antes que acabe o meu tempo!

Tempo, tempo em tempos...

 Alessandra Aparecida Dias Aguiar.Em tempos de outros tempos 

Escorrem no mundo fragmentado
Imediatismo em tempo de produção
Tempo incerto em ritmos acelerados 
Da padronização ao individualismo
Sempre é tempo de recomeçar
Tempo de refletir e de amar
Encontrando-se no tempo! 
Transformo o presente 
Recriando o passado! 
Mas, cada um no seu tempo!
Tempo! Preciso de um tempo, 
Antes que acabe o meu tempo!

Tempo, tempo em tempos...




Saudade, só (by Karin Maia)

"Saudade, que vem e que vai, adiante, sem contar a história.
Saudade sem porque, sem querer, sem nem pretender.
Saudade que espera e se demora voltar, congela.
Saudade de mim, quando você estava aqui.
Saudade de você, agora que está aí, tão longe de mim.
Saudade, sem porque, sem saber, sem querer ...
Saudade, só de você!

Foto: Saudade, só.

"Saudade, que vem e que vai, adiante, sem contar a história.
Saudade sem porque, sem querer, sem nem pretender.
Saudade que espera e se demora voltar, congela.
Saudade de mim, quando você estava aqui.
Saudade de você, agora que está aí, tão longe de mim.
Saudade, sem porque, sem saber, sem querer ...
Saudade, só de você!

by Karin Maia


Menina  (by Karin Maia)

"Tô querendo ver o mar, mas essa menina bonita não para de dançar.
Tô querendo ver a luz da lua brilhar, mas essa menina bonita não para de rodopiar.
Tô querendo namorar, mas essa menina bonita não para nem pra descansar.
Ela não quer ver o mar, nem a luz da lua brilhar.
Ela não quer namorar.
Essa menina bonita, só quer dançar!" 




Todo o SARAU é um texto poético admirável...
Parabéns a todos... (by Margarida Gama)

E agora a minha participação:

« MORNA »

Mãos
cordas
no violão cor de «terra longe»

« Ter de partir
e querer ficar »

Balaios de morabeza

Homenagem a B.Léza
adeus a Eugénio Tavares.

Margarida Gama de Oliveira/ capa de
Afonso T.
« Paralelismos» SOL XXI - 1996( 1ª
Parte - CIDADE VELHA -Aos poetas de Cabo Verde, pg.23 )

«FUNANÁ»

Não são gente
corpos sim
assim como assim
esguios
enlaçados

violentos
agarrados
frementes
movimentados

Não são gente
corpos sim.

Margarida Gama de Oliveira/ Capa de Afonso
T.
« Paralelismos» SOL XXI - 1996( 1ª Parte
- CIDADE VELHA - Aos poetas de Cabo Verde, pg.9)

e mais um abraço poético
Margarida

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Fichamento textual - Fichando um livro - Segunda parte



Na postagem anterior, verificamos como fazer as anotações durante as leituras. Feito isso, precisamos observar pontos importantes na interpretação de um texto. Tais pontos referem-se à estrutura do texto lido, e devem apresentar as ideias principais, os argumentos, objetivos justificativas, e conclusões do autor. 
Geralmente a introdução ou primeiro capítulo trazem:
  • os objetivos (para que abordar o tema); 
  • as ideias que serão abordadas no livro ou texto (sobre o que pretende escrever);
  • a justificativa da obra (por que o autor tomou a iniciativa de escrever sobre o tema);
Transcreva, nunca se esquecendo de identificar as páginas às quais se referem. Em seguida, nas anotações feitas por você na primeira parte do fichamento, verifique quais foram os argumentos levantados para sustentar as ideias discutidas no texto e transcreva-os.
Finalmente, destaque a que conclusões o autor chegou.

(by Selma Amaral)

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Fichamento textual - Fichando um livro

O fichamento é uma atividade relacionada à leitura. Assim, para fazer o fichamento de um livro, é

necessário lê-lo atentamente. 

Penso que devem ser feitas no mínimo duas leituras do texto a fichar. Antes de iniciá-la, no entanto, anote todas as informações relacionadas à referência bibliográfica: nome completo do autor, nome do livro, tradutor, se for livro estrangeiro, edição, cidade, e ano. Modelo abaixo.

HELLER, Agnes. O cotidiano e a história. Trad. Carlos Nelson Coutinho e Leandro Konder. 7.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

Feito isso, inicie a primeira leitura, que sempre deve estar acompanhada de marcações (grifos) das ideias principais. Podem-se sublinhar as definições, exemplos dados, autores que discorrem sobre o tema, ideias refutadas, locais, datas importantes, etc. Em seguida, passe um traço vertical ao lado do parágrafo onde algo foi sublinhado. Caso, durante a leitura, você se lembre de algum autor ou texto que também discorra sobre o tema, concordando ou discordando da ideia, faça um lembrete na margem superior ou inferior na mesma página, utilizando um asterisco para remeter ao trecho em questão.

Se o livro ou texto que está sendo lido não pode receber anotações (por ser exemplar de biblioteca, por exemplo), separe um bloco ou caderno e, conforme surgirem trechos importantes, anote as páginas e os parágrafos de modo que possa localizá-lo com facilidade quando necessário.

A segunda leitura é feita após concluída a primeira fase. Pode ser feita por capítulo, no caso de livro muito extenso ou complexo, ou ao final. Tendo em mãos o texto lido e o caderno de anotações, transcreva todos os trechos sublinhados página por página. Se preferir, faça-o diretamente em um computador, caso queira arquivar as fichas em arquivo eletrônico. Anote todas as ideias, dúvidas, exemplos que surgirem durante a transcrição, pois serão úteis para o momento da escrita do seu próprio texto.

Por fim, marque em sua anotação, de forma clara, os temas discutidos pelo autor, seus objetivos, seus argumentos e as conclusões.

A primeira parte de seu fichamento textual está concluída. 
Por: Selma Amaral

segunda-feira, 20 de maio de 2013

O fichamento - Como organizar?


O fichamento

Onde fazer as anotações? Como organizá-las?
  • Podem-se utilizar fichas de anotações (encontradas em papelarias). Providencie fichas que servirão como divisórias para organizar os temas por ordem alfabética. Coloque-as em uma caixa ou separe uma pasta  para facilitar o manuseio;
  • Outra opção é utilizar um caderno para os fichamentos um caderno pequeno (para cada tema ou livro a ser fichado) ou um caderno universitário (cada repartição um livro ou tema);
  • A forma mais fácil para organização do fichamento é fazê-lo utilizando o word e salvando os temas em pastas específicas. 

terça-feira, 7 de maio de 2013

Como fazer um fichamento?


COMO FAZER UM FICHAMENTO?

Fichamento é uma anotação que se faz com o intuito de aprofundar a leitura de um texto, visando, geralmente, à escrita de resumos, resenhas, monografias etc.

 Fichamento textual Fichamento temático Fichamento bibliográfico



O fichamento textual é aquele que tem como foco a estrutura do texto, apresentando as ideias principais, os argumentos, objetivos justificativas, e conclusões do autor.

O fichamento temático é aquele em que o ponto principal é o tema tratado; sobre o que trata o texto e, a partir daí, traçam-se os conceitos discutidos ou fatos e ideias presentes. É comum que sejam feitas transcrições (citações) de trechos que possam oferecer respostas aos conceitos ou ideias destacados. Por exemplo, o tema é aborto, então, quando o autor traça a definição de aborto, “ entende-se que aborto é...”, deve-se “copiar” o trecho, lembrando-se de anotar a página da qual foi retirada a frase ou parágrafo.

O fichamento bibliográfico é uma espécie de sinopse (pequeno resumo) do livro que se pretende estudar, anotando o tema que será abordado, e apresentando um breve comentário sobre a ideia principal a ser discutida na obra. Pode ser feito a partir de dados fornecidos na Introdução do livro, contra capa e orelhas, sempre antes da leitura.

O que não pode faltar:
  •     Nome do autor, do livro, editora, cidade, edição, ano.
  •       Citações diretas (transcrição de trechos importantes do texto, com anotação da página)
  •    Citações indiretas (reescrita do trecho grifado que facilitará a utilização posterior na produção de uma resenha, por exemplo)        


Na próxima postagem: Fazendo um fichamento.

domingo, 5 de maio de 2013

Sherazade e as mil e uma noites - Ela chegou.


No último capítulo, o rei pensava em como refazer sua vida, como encontrar outra esposa e resolve contar ao conselheiro sua ideia.

Sherazade

- Vou-me casar. Escolha uma bela mulher e, após a cerimônia e a noite de núpcias, matarei a esposa.
- Mas majestade, tamanha crueldade... Por quê?
- Conselheiro, arrume o casamento e pense na crueldade que fez comigo essa mulher e sobretudo lembre-se: eu sou o rei.
Passados três dias (poderiam ser quatro ou cinco, mas três parece ser um número místico, os reis devem gostar.) foi marcado o casamento. Bela esposa e linda cerimônia. Pela manhã, no entanto, a jovem esposa foi morta. Assim aconteceu por vários meses, várias esposas e vários sacrifícios. O rei já nem se importava mais e, provavelmente, também nem se lembrava por que eram sacrificadas as esposas (aquela velha história do eu não sei porque estou batendo, mas você sabe porque está apanhando). 
Até que, certo dia, já não havia mais moças entre os nobres e o conselheiro, em casa, não sabia mais o que fazer, pois a próxima a ser escolhida seria sua própria filha: Sherazade. O que poderia fazer?




segunda-feira, 29 de abril de 2013

Sherazade e as mil e uma noites - Terceira parte: O flagra!

No episódio passado, o irmão do rei conta-lhe que viu a cunhada em uma festa muito suspeita e sugere ao rei uma forma de surpreender a rainha...


Terceira parte: O flagra!


- Marque nova viagem e finja que está partindo. Aguarde algumas horas e retorne ao palácio para pegá-la em flagrante.
O rei gostou da ideia e seguiu o plano. Disse à esposa que iria partir e, horas depois, retornou. O irmão observava tudo ao longe e viu quando o rei aproximou-se da "alegre" festa da rainha... Foi uma correria geral. Apenas ela ficou prostrada, meio sem acreditar. Não dava nem para tentar arrumar uma desculpa.
- Guardas! - gritou o rei.
Rapidamente chegaram e prenderam a todos.
- Matem todos, inclusive esta traidora - apontando a rainha que chorava desesperadamente.
Dia seguinte, banho tomado, cabeça fresca, vingança feita, o rei encontrou-se com o irmão. "É, estamos iguais na vida. Traídos pelas esposas", disse.
- Irmão, vou voltar para casa. Depois de assistir sua desgraça vi que a minha era pequena. Vou-me embora.
- Realmente temos que continuar...
- Adeus!
 O rei, então, chamou o conselheiro.
- O que devo fazer?
- Procure outra esposa majestade.
- Boa ideia. Mas como confiar em alguma? Com o tempo serei traído. A não ser que...
- A não ser o que meu rei?
- Ah, conselheiro, você só saberá no próximo capítulo...

(E você também leitor!!)

Adaptação livre por Selma Amaral

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Sherazade e as mil e uma noites (o retorno do rei)



Em nosso primeiro episódio, o irmão do rei resolve ficar no palácio enquanto seu irmão sai para caçar. Ouve um barulho no pateo e corre para ver quem é...

- Pelas barbas de Ali Babá!!

Capítulo de hoje: O retorno do rei... 

O rapaz dá um salto e fecha os olhos, abre de novo (quem sabe é ilusão...) Mas não é. 
Lá fora, com mais outras mulheres e homens da corte, em uma festa, digamos, muito suspeita, a rainha, acreditando que não houvesse mais ninguém no palácio, dançava e brindava alegremente.
O jovem ficou desesperado, mas preferiu esconder-se por dois dias. Quando a festa já havia acabado, fingiu que estava voltando da caça mais cedo por estar doente e aguardou o regresso do irmão. A rainha nem desconfiou...
Alguns dias depois, o rei retornou de viagem muito animado, mas notando que o irmão parecia angustiado quis saber o motivo...
- O quê? Ela o quê? Uma festa, aqui? O que vou fazer?
- Calma irmão, eu tenho uma ideia...
...

(Não perca o próximo capítulo da saga de Sherazade - calma ela já vai aparecer na história...)

Imagem: Disponível em  http://www.gramaticadomundo.com/2011/01/revoltas-no-egito-tunisia-oma-iemen-o.html Acesso em 26/04/2013

quarta-feira, 24 de abril de 2013

As mil e uma noites


Disponível em 
Acesso em 24/04/2013


Sherazade e as mil e uma noites... 
(adaptação da história "As mil e uma noites"  traduzida por Ferreira Gullar)

Aconteceu na Arábia? Não! Reza a lenda que aconteceu na Pérsia. Um rei, casado com uma bela esposa, saía sempre para caçar com os amigos e demorava-se alguns dias para voltar. Ao contrário do que atualmente, a caça não ocorria em um supermercado, onde se caminha por entre corredores e se escolhem pacotes de aves, bovinos, suínos, já devidamente limpos, cortados e até mesmo temperados, quiçá, assados... Depois, dirige-se até o caixa, passa-se o cartão e pronto: a caça terminou (trabalho realizado por mulheres na maioria das vezes, pois os homens, quando vão reclamam o tempo todo).
É mulheres, muita coisa nós não fazíamos no passado, mas a modernidade nos presenteou.
Pois bem, voltemos ao rei e à sua bela esposa.
Naquele tempo, esqueci-me de dizer que isso ocorreu há muitos e muitos anos, centenas de anos atrás, talvez milhares... O rei saía para caçar com os amigos e ficava fora por muitos dias, pois, como já expliquei, a caça demandava tempo. O animal tinha que ser procurado, encontrado matado e finalmente carregado para casa como trunfo (não pensem que o dito rei precisasse caçar para comer, pois para isso era rei, outros caçavam por ele. Fazia isso por diversão. Fosse nos dias atuais, iria até a Europa assistir à final da Liga dos Campões). 
Muito bem. Ao retornar, feliz por ter sido sempre o melhor entre os melhores, abraçava a esposa e contava-lhe as novidades
Certo dia esse rei, que vou chamar de ... vou chamar de... não tenho ideia de como um rei persa poderia se chamar e como a história é de Sherazade e não dele e ela é quem vai ficar famosa, não vou nomear o rei. Basta que seja rei (o que digamos é bastante coisa). O rei recebeu em casa seu irmão, que estava muito triste pois havia mandado matar a esposa por traição. Após consolar o irmão, convidou-o para saírem para caçar, pois assim se distrairia. Tudo combinado, chegou o dia da viagem. No entanto, quando já estavam prontos para sair, o irmão traído disse ao rei que não estava sentindo-se bem para a viagem e que preferia ficar, porém fazia questão que a caça não fosse cancelada. O rei, embora aborrecido, viajou (até porque não perdia uma caça por nada, nada mesmo). Ninguém, sequer um empregado, viu o retorno do príncipe que encerrou-se triste em seus aposentos. Algumas horas mais tarde, ouviu um barulho no pateo e foi até a janela olhar. O que viu, então? "Oh, pelas barbas de Ali Babá!!"

Não perca o próximo episódio de Sherazade e as mil e uma noites.

Adaptação da história As mil e uma noites traduzida por Ferreira Gullar. 3 ed. Rio de janeiro: Editora Revan, 2001.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Dia Mundial do livro

Livros (by Selma Amaral)

Novos, usados, inéditos, de romances, de culinária, de poemas,
Lidos, riscados, com orelhas,
marcados.

De capas duras, de espiral, de papel jornal.

De letras grandes, pequenas, ilustrados,

Livros.

De bolso, em volumes, grandes,
Com muitas páginas, poucas...

Livros.

Tanto faz...

O que importa é ler um. 

Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=H_kDp745xuQ. Acesso 23/04/2013

domingo, 21 de abril de 2013

Como amar alguém?

Há várias maneiras de amar. Mas quando alguém se entrega, cuida, guarda, mesmo sem ser correspondido... Esse ama de verdade...


Assista ao filme:


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Poema infantil - Ricardo Azevedo



Poema Infantil

Bola de gude (by Ricardo Azevedo)
a maior bola do mundo
é de fogo e chama sol
a bola mais conhecida
é a de jogar futebol
certa bola colorida
jogar bem eu nunca pude
é de vidro essa bandida
e chama bola de gude
Disponível em http://www.ricardoazevedo.com.br/cancoes/. Acesso em 19 de abril de 2013.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

O que ler para as crianças?

Dia 18 de abril - Dia do Livro Infantil!!

Ler aguça a imaginação, a criatividade, a intelectualidade, o humor... Criança que gosta de ler, será um adulto devorador de livros. 

Vamos comemorar, então, com sugestões de boa leitura para as crianças.


Ruth Rocha:
O reizinho mandão
Marcelo, Marmelo, Martelo


Ana Maria Machado:
Menina bonita do laço de fita          
                                                                   
Ziraldo:
O menino Maluquinho


Monteiro Lobato:
Histórias do Sítio do picapau amarelo

E você, o que sugere?

sábado, 13 de abril de 2013

O que é uma quadra poética?


Quadras são pequenos poemas formados por uma estrofe de quatro versos. Rimam-se, geralmente, o segundo e o quarto versos. Os temas são simples e muito ao gosto popular, como estes de Fernando Pessoa.


Quadras ao gosto popular (by Fernando Pessoa)

Cantigas de portugueses
São como barcos no mar — 
Vão de uma alma para outra 
Com riscos de naufragar.

Eu tenho um colar de pérolas
Enfiado para te dar: 
As per'las são os meus beijos, 
O fio é o meu penar. 

A terra é sem vida, e nada 
Vive mais que o coração... 
E envolve-te a terra fria 
E a minha saudade não!

Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/jp000001.pdf. Acesso em 13 de abril de 2013)


Agora é sua vez: faça a sua também...





quinta-feira, 11 de abril de 2013

Por que ler?

Por que ler? (by Selma Amaral)

Por que ler? Me pergunto.
O que há atrás das letras, dos espaços, dos acentos?

O que há nas páginas cheias de letras,
Cheias de palavras.

O que esperar de sentidos ressentidos?


Por que ler?

Por que não dormir, assistir, ouvir,

Ao contrário...

Ler. 

Não sei.
Mas sei que, quando se começa, 
Não se consegue parar.

Experimente...

Sugestão de leitura: O conto da ilha desconhecida - José Saramago (mas não leia uma vez, leia várias...)

terça-feira, 2 de abril de 2013

Primeiro poema

Não podemos ter medo de "poemar". Não devemos nos preocupar com os sentidos que os poemas possam ter. O leitor decide. Não há certo e errado. É delicioso ler e decifrar poemas, perguntando quais teriam sido as reais intenções do autor, mesmo que ele não as tenha tido. O poeta, ao escrever, não se senta e tenta organizar tudo direitinho, o que existem são as palavras correndo e ele capturando, prendendo cada uma no papel e o leitor, ao ler, tenta soltar cada uma, do seu jeito, da sua forma... O primeiro poema só não pode ser uma coisa: o último. Este é da Tássia e está lindo... Nasce uma poetisa.

Primeiro poema (by Tássia Gomes)

É encanto e fascínio,
Embaraço de pernas,
Com tremor de artérias,
Entrelaçados na emoção
Onde está a razão?
Que louca paixão.
Sem pensar, 
Abro mão de tudo,
Porque quero viver tudo. 
Consequências? 
Ah! Estamos entrelaçados na emoção.
Será amor ou paixão?

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Ode ao amor

Quadrilha (Carlos Drummond de Andrade)


João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto
Fernandes que não tinha entrado na história.

Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br/drumm2.html#quadrilha. Acesso em 01 Abr.2013


Sobre o poema, que tal um vídeo?



https://www.youtube.com/watch?v=2hG9PsqJGds

quinta-feira, 28 de março de 2013

Sobre Saramago - Memorial do Convento

Um pouco mais de Saramago (by Selma Amaral)

Pensei em escrever sobre tantas coisas,
Tanto na vida,
Tanto nos livros,
Tanto na alma...

Quando recebi de uma amiga, 
Algo que mudou tudo
Trazendo-me a calma.

Saramago, Memorial do Convento...
Um vídeo que pode 
Mudar tudo.


                                                                            
                                                                                                                                                                                                   
                                                                                               
                                                                                                       

quarta-feira, 27 de março de 2013

Por trás das Flores...

Fotografia (by Selma Amaral)

Por trás das fotos,seus olhos.

Seus olhos que olham tudo
Querem tudo
Focam tudo

Congelam a flor
que tenta escapar,
voar.

Mas agora,
capturada,
para sempre ficará

Aqui, na página deste blog,
Graças a ti.
Obrigada...



terça-feira, 26 de março de 2013

MEIA-NOITE

Antes da meia-noite (by Selma Amaral)

Resolvi escrever

Antes que acabe o dia.
Resolvi escrever
Antes que perca o sapato
Antes que o encontrem 
E de cristal, quebrado
Não o possa calçar.

Resolvi escrever

Antes que a página vire
Antes que o ponteiro gire,
resolvi escrever.

Resolvi escrever

Antes que o sono venha,
Antes que esqueça a senha.
E não te possa enxergar...

Resolvi escrever
Antes que o texto de hoje
Seja o de amanhã.

segunda-feira, 25 de março de 2013

25 de Março

Calmaria (by Selma Amaral)

Braços desconhecidos se dão.
Olhos se encontram, se esquivam,
Pés se pisam, se tocam, se trocam.


Vozes gritam e chamam.
Vozes clamam.

Carros, sem espaço, passam.

Vão e vêm.

Mas à tardinha, tudo se vai
E vem a calmaria

Rua 25 de março ,
A cara de São Paulo.

sábado, 23 de março de 2013

Está frio? Leia um livro.


Um dia frio? Que tal ler um livro?

Memorial do Convento de José Saramago. Simplesmente lindo!! 
Fala da época em que é construído um convento em Mafra (Portugal), no século XVIII, e sobre os amores, paixões, dores... pelos quais passam os personagens, ricos, pobres, nobres, religiosos e como são construídas suas vidas enquanto se levanta a construção. Vale a pena...

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=_JH5U6ksYnc. Acesso em 23/03/2013

TEMPO

Tempo (by Selma Amaral)


O tempo não tem tempo pra mim.
Perguntei se demorava,
Não respondeu.

Perguntei se me apressava,
Quis saber se me esperava.
O tempo já me esqueceu.

O tempo não tem tempo pra mim.
Olhei as nuvens no alto,
abaixo das estrelas fugidias.
Que corriam, se mexiam
E choravam suas lágrimas sobre nós,
No outono de São Paulo.

Secando o rosto,
perguntei se regressava.
O tempo já se passou.

O tempo já se passou
e eu fiquei. Mas vi, amarrada a seus pés,
Uma longa rama, que agarrei.

Peguei uma carona e estou aqui.
Eu e o tempo, juntos,
passando juntos,
Chegando juntos
Não importa o tempo que fizer.


quarta-feira, 20 de março de 2013

A felicidade está nas pequenas coisas...


O que é felicidade? (by Selma Amaral)

Hoje, primeiro dia de outono...
Aqui?
Frio. Motivo para sorrir?
As folhas começam a cair.
Uma a uma, preenchem os espaços que
A alma não alcança.

Tristezas caminham lentamente pela
Rua, por onde dores querem se aproximar dos passantes.
Lágrimas escorrem pelos muros e alagam lagos.

Um vento forte surge e empurra tudo.
E quando se vai,
Lá no alto, sozinho, um pássaro canta.



(Que tal acompanhar o poema com um pouco de música? - Páo e Poesia de Moraes Moreira com Simone)
   Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=Di3U6tZ7O9E. Acesso em 20/03/2013

terça-feira, 19 de março de 2013

Último dia de verão

Final de verão (by Selma Amaral)


Aproveite amanhã, 
Se o sol não sair, você pode sorrir
E, se chover, pegue cada pingo que conseguir.

Aproveite amanhã
Se o frio teimar,
Agasalhe um coração.

Aproveite amanhã
Se o calor não chegar
Esquente uma alma carente 

Aproveite amanhã
O verão vai sair,
O outono chegar.


quinta-feira, 14 de março de 2013

14 de março - Dia da Poesia

Poesia em gotas (by Selma Amaral)

Não poderia ser melhor...
Chuva.
O dia amanheceu com uns resquícios de raios de sol.
As poucas nuvens intrusas,afastando-se,
deixando rastros de garoa caírem até a terra.
Lá embaixo, humanos desavisados corriam,
fugindo,
Fugindo da chuva.
Folhas verdes sorriam e flores cintilantes brilhavam.
A moça cobria com as mãos a cabeça
A criança pisava nas poças, divertida.
Tudo para comemorar seu dia,
Poesia!

quinta-feira, 7 de março de 2013

Escrevendo Cecília Meireles

Continuo com Cecília Meireles. Espero que ela não se canse de mim...

RITMO (by Selma Amaral)

De todas as canções,
A tua.

Pela manhã, dos pássaros a sinfonia.
À tarde os carros e as buzinas insistentes.
O sorriso das crianças virando a esquina,
Os talheres conversando no ir e vir ao prato na mesa.

A música soou em meus ouvidos.
Dos pássaros roubei a sinfonia,
dos carros apaguei as buzinas,
das crianças recolhi os sorrisos
e limpei o prato sobre a mesa.

Só para ouvir a voz, 
a tua.
Por todo o dia,
Teu ritmo,
Por toda a vida.


Ritmo (Cecília Meireles)

O ritmo em que gemo
doçuras e mágoas
é um dourado remo
por douradas águas.

Tudo, quanto passo,
olha-me e suspira.
- Será meu compasso
que tanto os admira?
(Meireles, Cecília. Viagem e Vaga Música. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982, p.143)


Comentário: Escrever Cecília é sempre uma surpresa. Cada texto que escrevo, após ler apenas o título de um dos poemas de Cecília, encontro novidades. Depois que leio o dela e, finalmente, comparo os dois, o meu e o da poeta (é isso mesmo, não poetisa, prefiro poeta), me delicio... Mas há dias não o fazia.
Estava com saudades. Saudade de Cecília. Saudade da emoção, da sensibilidade, da música.
Saudade de mim também. Porque me parece que esse exercício arranca de mim coisas que eu sequer sabia que estavam lá.





terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Grandes Esperanças - Charles Dickens

Final da História

Estou acabando.  Últimas páginas. Últimas palavras.
Meus amigos estão indo embora, mas não vou mais esquecê-los:
Pip, Estela, Sra. Havisham, Joe, Biddy, Herbert e todos os outros.
Eles me fizeram companhia. Falaram comigo. Me ensinaram.
Estou triste. Eu sempre fico assim nas últimas páginas, nas últimas palavras.

Agora restam-me as perguntas:                                                                                         

Quem me fará companhia ? Que livro eu leio? São tantas opções...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Verão

Ode ao Verão
(By Selma Amaral)

Daqui a pouco mais que um mês, termina o verão. Sol, calor, chuva à tarde... roupas leves.
Daqui a pouco termina o verão e os dias não serão mais tão longos,
As praias não estarão mais cheias,
As cachoeiras terão suas quedas vazias.

Daqui muito pouco termina o verão
Os agasalhos abandonados no armário
Sorrirão pois então, sairão para passear.

Os namorados voltarão a ser românticos,
Os jantares serão mais quentes.

Temos ainda pouco mais que um mês.
Um mês de sol, calor, chuva a tarde... roupas leves.
Temos ainda um pouco de sol forte ao meio-dia.
E namorados segurando os dedos mindinhos.

Mais um mês e ele dá um tempo sai de férias, e só volta em julho
No Hemisfério Norte.



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O que é arte?

Hoje estou pensando nisso: O que é arte??

Li, ainda nos tempos da faculdade que a arte é a expressão do belo. O belo entendido como graça, aquilo que encanta. Sendo assim, onde está a arte?

Está nas canções que ouvimos ou assobiamos de repente;
Está na pintura dos quadros dos museus ou nos desenhos da criança com os dedos sujos de tinta;
Está na atuação do ator de teatro ou quando fingimos chorar para impressionar alguém;
Está na construção de ogivas do arquiteto famoso ou no castelo de areia na praia.

Mas há que se ter beleza, encanto... 

Preciso me encantar, pode ser que amanhã, depois, ou depois,

Mas eu volto com os poemas. Eu e Cecília. E claro. Continuarei postando...

Fique com um pouco de arte, então:







terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Canção - Cecília Meireles

Desafio nº 13



Canção (by Selma Amaral)

Desgastadas, as notas
outrora harmoniosas
desafinam.

Um sorriso sofrido
procura a melodia
perdida.                                                                                                       

Onda de sons
captam a vibração
da alma solitária.

Canção nascida
Pela dor
esquecida.

Canção (Cecília Meireles)

Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.

Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas.

O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...

Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.

Depois tudo estará perfeito:
praia lisa, águas ordenadas.
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
             (Meireles, Cecília. Viagem, Vaga Música. Rio de janeiro: Nova Fronteira, 1982. p.28)
                  Fonte vídeo: Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=u0yVfm4ivi0. Acesso 12/02/2013

Comentário: Canção: final dos sonhos. De alguma forma os sonhos devem acabar. Será que é isso? A canção deve acabar, o sonho, a esperança. Será que a canção não deveria trazer um pouco de felicidade?