quarta-feira, 14 de agosto de 2013

SARAU POÉTICO



Sarau: Evento festivo em que pessoas se encontram para manifestarem a arte por meio de músicas, poemas, desenhos, fotografias, danças.

Sarau: festa

O Sarau poético "Aqui tem poesia", aconteceu no dia 17 de julho de 2013, envolvendo diretamente dez pessoas e indiretamente centenas, publicando textos autorais ou não, imagens, vídeos, músicas; comentando, discutindo.


Enfim, o Sarau Poético:

Hoje no Sarau Poético "Aqui tem poesia", faremos uma grande brincadeira. Em que cada um de nós poderá mostrar o que gosta, o que faz, o que viu e gostou. Poderemos falar a respeito e comparar com o que gostamos e fizemos ou até com o que outros fizeram e gostaram... O importante é brincar. Rubem Alves lembrou-se de Fernando Pessoa para mostrar que se pode brincar com as palavras. Ele disse que brinca com as palavras como brinca o menino Jesus com as cinco pedrinhas. "Eu as jogo para cima e, quando caem, são outra coisa".Vamos jogar nossas pedrinhas e deixar cair palavras, imagens, desenhos, músicas, arte... poesia.


Marcos Delgado inicia sugerindo a declamação de Bethânia do poema de Fernando Pessoa (Alberto Caeiro - Poema do Menino Jesus). 

https://www.youtube.com/watch?v=lG0Rn9SWK74
Tempo dilacera o tempo (by Alessandra Aguiar)

Tempo, tempo, tempo...



Tempos presentes de angústias
Borrifam, pingam e respingam!
Vazam, inundam, transbordam.
Tempo que leva tempo
Encontrando os sentidos 
Foto: TEMPO DILACERA O TEMPO

Tempo, tempo, tempo...

Tempos presentes de angústias
Borrifam, pingam e respingam!
Vazam, inundam, transbordam.
Tempo que leva tempo
Encontrando os sentidos 
Em tempos de outros tempos 
 Escorrem no mundo fragmentado
Imediatismo em tempo de produção
Tempo incerto em ritmos acelerados 
Da padronização ao individualismo
Sempre é tempo de recomeçar
Tempo de refletir e de amar
Encontrando-se no tempo! 
Transformo o presente 
 Recriando o passado! 
Mas, cada um no seu tempo!
Tempo! Preciso de um tempo, 
Antes que acabe o meu tempo!

Tempo, tempo em tempos...

 Alessandra Aparecida Dias Aguiar.Em tempos de outros tempos 

Escorrem no mundo fragmentado
Imediatismo em tempo de produção
Tempo incerto em ritmos acelerados 
Da padronização ao individualismo
Sempre é tempo de recomeçar
Tempo de refletir e de amar
Encontrando-se no tempo! 
Transformo o presente 
Recriando o passado! 
Mas, cada um no seu tempo!
Tempo! Preciso de um tempo, 
Antes que acabe o meu tempo!

Tempo, tempo em tempos...




Saudade, só (by Karin Maia)

"Saudade, que vem e que vai, adiante, sem contar a história.
Saudade sem porque, sem querer, sem nem pretender.
Saudade que espera e se demora voltar, congela.
Saudade de mim, quando você estava aqui.
Saudade de você, agora que está aí, tão longe de mim.
Saudade, sem porque, sem saber, sem querer ...
Saudade, só de você!

Foto: Saudade, só.

"Saudade, que vem e que vai, adiante, sem contar a história.
Saudade sem porque, sem querer, sem nem pretender.
Saudade que espera e se demora voltar, congela.
Saudade de mim, quando você estava aqui.
Saudade de você, agora que está aí, tão longe de mim.
Saudade, sem porque, sem saber, sem querer ...
Saudade, só de você!

by Karin Maia


Menina  (by Karin Maia)

"Tô querendo ver o mar, mas essa menina bonita não para de dançar.
Tô querendo ver a luz da lua brilhar, mas essa menina bonita não para de rodopiar.
Tô querendo namorar, mas essa menina bonita não para nem pra descansar.
Ela não quer ver o mar, nem a luz da lua brilhar.
Ela não quer namorar.
Essa menina bonita, só quer dançar!" 




Todo o SARAU é um texto poético admirável...
Parabéns a todos... (by Margarida Gama)

E agora a minha participação:

« MORNA »

Mãos
cordas
no violão cor de «terra longe»

« Ter de partir
e querer ficar »

Balaios de morabeza

Homenagem a B.Léza
adeus a Eugénio Tavares.

Margarida Gama de Oliveira/ capa de
Afonso T.
« Paralelismos» SOL XXI - 1996( 1ª
Parte - CIDADE VELHA -Aos poetas de Cabo Verde, pg.23 )

«FUNANÁ»

Não são gente
corpos sim
assim como assim
esguios
enlaçados

violentos
agarrados
frementes
movimentados

Não são gente
corpos sim.

Margarida Gama de Oliveira/ Capa de Afonso
T.
« Paralelismos» SOL XXI - 1996( 1ª Parte
- CIDADE VELHA - Aos poetas de Cabo Verde, pg.9)

e mais um abraço poético
Margarida