segunda-feira, 29 de abril de 2013

Sherazade e as mil e uma noites - Terceira parte: O flagra!

No episódio passado, o irmão do rei conta-lhe que viu a cunhada em uma festa muito suspeita e sugere ao rei uma forma de surpreender a rainha...


Terceira parte: O flagra!


- Marque nova viagem e finja que está partindo. Aguarde algumas horas e retorne ao palácio para pegá-la em flagrante.
O rei gostou da ideia e seguiu o plano. Disse à esposa que iria partir e, horas depois, retornou. O irmão observava tudo ao longe e viu quando o rei aproximou-se da "alegre" festa da rainha... Foi uma correria geral. Apenas ela ficou prostrada, meio sem acreditar. Não dava nem para tentar arrumar uma desculpa.
- Guardas! - gritou o rei.
Rapidamente chegaram e prenderam a todos.
- Matem todos, inclusive esta traidora - apontando a rainha que chorava desesperadamente.
Dia seguinte, banho tomado, cabeça fresca, vingança feita, o rei encontrou-se com o irmão. "É, estamos iguais na vida. Traídos pelas esposas", disse.
- Irmão, vou voltar para casa. Depois de assistir sua desgraça vi que a minha era pequena. Vou-me embora.
- Realmente temos que continuar...
- Adeus!
 O rei, então, chamou o conselheiro.
- O que devo fazer?
- Procure outra esposa majestade.
- Boa ideia. Mas como confiar em alguma? Com o tempo serei traído. A não ser que...
- A não ser o que meu rei?
- Ah, conselheiro, você só saberá no próximo capítulo...

(E você também leitor!!)

Adaptação livre por Selma Amaral

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Sherazade e as mil e uma noites (o retorno do rei)



Em nosso primeiro episódio, o irmão do rei resolve ficar no palácio enquanto seu irmão sai para caçar. Ouve um barulho no pateo e corre para ver quem é...

- Pelas barbas de Ali Babá!!

Capítulo de hoje: O retorno do rei... 

O rapaz dá um salto e fecha os olhos, abre de novo (quem sabe é ilusão...) Mas não é. 
Lá fora, com mais outras mulheres e homens da corte, em uma festa, digamos, muito suspeita, a rainha, acreditando que não houvesse mais ninguém no palácio, dançava e brindava alegremente.
O jovem ficou desesperado, mas preferiu esconder-se por dois dias. Quando a festa já havia acabado, fingiu que estava voltando da caça mais cedo por estar doente e aguardou o regresso do irmão. A rainha nem desconfiou...
Alguns dias depois, o rei retornou de viagem muito animado, mas notando que o irmão parecia angustiado quis saber o motivo...
- O quê? Ela o quê? Uma festa, aqui? O que vou fazer?
- Calma irmão, eu tenho uma ideia...
...

(Não perca o próximo capítulo da saga de Sherazade - calma ela já vai aparecer na história...)

Imagem: Disponível em  http://www.gramaticadomundo.com/2011/01/revoltas-no-egito-tunisia-oma-iemen-o.html Acesso em 26/04/2013

quarta-feira, 24 de abril de 2013

As mil e uma noites


Disponível em 
Acesso em 24/04/2013


Sherazade e as mil e uma noites... 
(adaptação da história "As mil e uma noites"  traduzida por Ferreira Gullar)

Aconteceu na Arábia? Não! Reza a lenda que aconteceu na Pérsia. Um rei, casado com uma bela esposa, saía sempre para caçar com os amigos e demorava-se alguns dias para voltar. Ao contrário do que atualmente, a caça não ocorria em um supermercado, onde se caminha por entre corredores e se escolhem pacotes de aves, bovinos, suínos, já devidamente limpos, cortados e até mesmo temperados, quiçá, assados... Depois, dirige-se até o caixa, passa-se o cartão e pronto: a caça terminou (trabalho realizado por mulheres na maioria das vezes, pois os homens, quando vão reclamam o tempo todo).
É mulheres, muita coisa nós não fazíamos no passado, mas a modernidade nos presenteou.
Pois bem, voltemos ao rei e à sua bela esposa.
Naquele tempo, esqueci-me de dizer que isso ocorreu há muitos e muitos anos, centenas de anos atrás, talvez milhares... O rei saía para caçar com os amigos e ficava fora por muitos dias, pois, como já expliquei, a caça demandava tempo. O animal tinha que ser procurado, encontrado matado e finalmente carregado para casa como trunfo (não pensem que o dito rei precisasse caçar para comer, pois para isso era rei, outros caçavam por ele. Fazia isso por diversão. Fosse nos dias atuais, iria até a Europa assistir à final da Liga dos Campões). 
Muito bem. Ao retornar, feliz por ter sido sempre o melhor entre os melhores, abraçava a esposa e contava-lhe as novidades
Certo dia esse rei, que vou chamar de ... vou chamar de... não tenho ideia de como um rei persa poderia se chamar e como a história é de Sherazade e não dele e ela é quem vai ficar famosa, não vou nomear o rei. Basta que seja rei (o que digamos é bastante coisa). O rei recebeu em casa seu irmão, que estava muito triste pois havia mandado matar a esposa por traição. Após consolar o irmão, convidou-o para saírem para caçar, pois assim se distrairia. Tudo combinado, chegou o dia da viagem. No entanto, quando já estavam prontos para sair, o irmão traído disse ao rei que não estava sentindo-se bem para a viagem e que preferia ficar, porém fazia questão que a caça não fosse cancelada. O rei, embora aborrecido, viajou (até porque não perdia uma caça por nada, nada mesmo). Ninguém, sequer um empregado, viu o retorno do príncipe que encerrou-se triste em seus aposentos. Algumas horas mais tarde, ouviu um barulho no pateo e foi até a janela olhar. O que viu, então? "Oh, pelas barbas de Ali Babá!!"

Não perca o próximo episódio de Sherazade e as mil e uma noites.

Adaptação da história As mil e uma noites traduzida por Ferreira Gullar. 3 ed. Rio de janeiro: Editora Revan, 2001.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Dia Mundial do livro

Livros (by Selma Amaral)

Novos, usados, inéditos, de romances, de culinária, de poemas,
Lidos, riscados, com orelhas,
marcados.

De capas duras, de espiral, de papel jornal.

De letras grandes, pequenas, ilustrados,

Livros.

De bolso, em volumes, grandes,
Com muitas páginas, poucas...

Livros.

Tanto faz...

O que importa é ler um. 

Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=H_kDp745xuQ. Acesso 23/04/2013

domingo, 21 de abril de 2013

Como amar alguém?

Há várias maneiras de amar. Mas quando alguém se entrega, cuida, guarda, mesmo sem ser correspondido... Esse ama de verdade...


Assista ao filme:


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Poema infantil - Ricardo Azevedo



Poema Infantil

Bola de gude (by Ricardo Azevedo)
a maior bola do mundo
é de fogo e chama sol
a bola mais conhecida
é a de jogar futebol
certa bola colorida
jogar bem eu nunca pude
é de vidro essa bandida
e chama bola de gude
Disponível em http://www.ricardoazevedo.com.br/cancoes/. Acesso em 19 de abril de 2013.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

O que ler para as crianças?

Dia 18 de abril - Dia do Livro Infantil!!

Ler aguça a imaginação, a criatividade, a intelectualidade, o humor... Criança que gosta de ler, será um adulto devorador de livros. 

Vamos comemorar, então, com sugestões de boa leitura para as crianças.


Ruth Rocha:
O reizinho mandão
Marcelo, Marmelo, Martelo


Ana Maria Machado:
Menina bonita do laço de fita          
                                                                   
Ziraldo:
O menino Maluquinho


Monteiro Lobato:
Histórias do Sítio do picapau amarelo

E você, o que sugere?

sábado, 13 de abril de 2013

O que é uma quadra poética?


Quadras são pequenos poemas formados por uma estrofe de quatro versos. Rimam-se, geralmente, o segundo e o quarto versos. Os temas são simples e muito ao gosto popular, como estes de Fernando Pessoa.


Quadras ao gosto popular (by Fernando Pessoa)

Cantigas de portugueses
São como barcos no mar — 
Vão de uma alma para outra 
Com riscos de naufragar.

Eu tenho um colar de pérolas
Enfiado para te dar: 
As per'las são os meus beijos, 
O fio é o meu penar. 

A terra é sem vida, e nada 
Vive mais que o coração... 
E envolve-te a terra fria 
E a minha saudade não!

Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/jp000001.pdf. Acesso em 13 de abril de 2013)


Agora é sua vez: faça a sua também...





quinta-feira, 11 de abril de 2013

Por que ler?

Por que ler? (by Selma Amaral)

Por que ler? Me pergunto.
O que há atrás das letras, dos espaços, dos acentos?

O que há nas páginas cheias de letras,
Cheias de palavras.

O que esperar de sentidos ressentidos?


Por que ler?

Por que não dormir, assistir, ouvir,

Ao contrário...

Ler. 

Não sei.
Mas sei que, quando se começa, 
Não se consegue parar.

Experimente...

Sugestão de leitura: O conto da ilha desconhecida - José Saramago (mas não leia uma vez, leia várias...)

terça-feira, 2 de abril de 2013

Primeiro poema

Não podemos ter medo de "poemar". Não devemos nos preocupar com os sentidos que os poemas possam ter. O leitor decide. Não há certo e errado. É delicioso ler e decifrar poemas, perguntando quais teriam sido as reais intenções do autor, mesmo que ele não as tenha tido. O poeta, ao escrever, não se senta e tenta organizar tudo direitinho, o que existem são as palavras correndo e ele capturando, prendendo cada uma no papel e o leitor, ao ler, tenta soltar cada uma, do seu jeito, da sua forma... O primeiro poema só não pode ser uma coisa: o último. Este é da Tássia e está lindo... Nasce uma poetisa.

Primeiro poema (by Tássia Gomes)

É encanto e fascínio,
Embaraço de pernas,
Com tremor de artérias,
Entrelaçados na emoção
Onde está a razão?
Que louca paixão.
Sem pensar, 
Abro mão de tudo,
Porque quero viver tudo. 
Consequências? 
Ah! Estamos entrelaçados na emoção.
Será amor ou paixão?

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Ode ao amor

Quadrilha (Carlos Drummond de Andrade)


João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto
Fernandes que não tinha entrado na história.

Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br/drumm2.html#quadrilha. Acesso em 01 Abr.2013


Sobre o poema, que tal um vídeo?



https://www.youtube.com/watch?v=2hG9PsqJGds